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sábado, 13 de dezembro de 2014

OS VAMPIROS E A MÚSICA GÓTICA



OS VAMPIROS E A MÚSICA GÓTICA
  

    Durante a década de oitenta vimos surgir um movimento bastante peculiar que fora denominado (muito estranhamente, diga-se de passagem) de “GÓTICO”. Digo “estranhamente” por não haver nenhuma espécie de justificativa plausível (principalmente etimológica) para o uso de tal expressão. A palavra gótica já fora usada no passado para denominar a “arquitetura gótica”. De acordo com um alquimista chamado Fulcanelli, gótico vem de arte gótica, que vem de arte goética (mágica) ou Art Goth, para finalmente chegarmos á “ARGOT”.


ARGOT: LÍNGUA PARTICULAR DE INDIVÍDUOS QUE TÊM INTERESSE EM DIVULGAR SEUS PENSAMENTOS DE FORMA VELADA, SEM SEREM COMPREENDIDOS POR TODOS.


Com relação ao estilo musical propriamente dito (que é o tema deste ensaio) esta suposta definição não é exata. Para a arquitetura, sim. Com “música gótica”, ou movimento gótico, o que tivemos foi uma climatização, uma ambientação do romântico melancólico e sombrio. Nessa arte “Noir”, a Lua é mais bela que o Sol, a noite mais romântica que o dia, e os homens são vampiros urbanos sem caninos afiados. A melancolia é mais poética que a alegria.


O mito do vampiro é tão atraente para o grande público, pois em ele o ser humano vê espelhado a sua própria fome de viver. O vampiro seduz com o seu próprio lado sombrio, é justamente o seu ar ameaçador e imprevisível que cativa – e fascina - a sua vítima.


E entre os jovens da década de oitenta, muitos se identificaram com esse clima sombrio, com essa sedução dark.

Aparentemente, na música tudo parece ter começado – involuntariamente – com o senhor David Bowie, e após ele uma avalanche de bandas (principalmente inglesas) começou a aparecer. A principal delas foi o Bauhaus.



O Bauhaus fora talvez a banda que mais usou dessa roupagem e climatização do mito do vampiro, apesar de em entrevistas seu vocalista Peter Murphy ter afirmado de que era tudo cênico, nada mais do que apenas uma representação artística. Pode ser.



Principais bandas (talvez, necessariamente nessa ordem):
David Bowie , Bauhaus, Joy Division, Nick Cave, The Cure, Depeche Mode.

E, mais recentemente, a nova geração:
Interpol, She Wants Revenge, e algumas canções de Radiohead e Morphine.



A seguir farei uma lista das canções mais representativas do "movimento", que bem podem servir como uma espécie de histórico da música “gótica”. Serão incluídas nessa lista músicas mais recentes que mantiveram a mesma climatização (aliás, muita gente vai pensar que muitas dessas bandas estão erroneamente classificadas como góticas, como o "Radiohead". Talvez realmente estejam, o que foi levado em consideração foram determinadas canções, especificamente).


Vista a sua mais bela roupa preta, apague as luzes, acenda as velas, abra sua garrafa de vinho, contemple a Lua e relaxe.





DAVID BOWIE:
As The World Falls Down, Life on Mars, Ashes to Ashes, 5.15 the Angels have Gone, No Control, Untitled Nº1, I Would be your Slave,  Sunday, Thursday`s Child, Nite Flights.






BAUHAUS:
Bela Lugosi is Dead, Spirits, In The Flat Field, God In an Alcove, Stigmata Martyr, Adrenaline, Black Stone Heart, Too Much 21st Century, Third uncle, Silent Edges, Spy in the Cab.







JOY DIVISION:
Heart and Soul, Decades, Passover, Means to an End, Disorder.







NICK CAVE:
Do You Love me, Red Right Hand, Bring it On.







THE CURE:
Charlotte Sometimes, A Forest, One Hundred Years, The Hanging Garden.








DEPECHE MODE:
Enjoy the Silence, Barrel of a Gun, I Feel You, Walking in my Shoes.







MORPHINE:
I Know You (part III), Whisper, French Fries w. Pepper, I had my Chance, Empty Box, Hanging on a Courtain, Let's take a Trip Together.








INTERPOL:
Hands Away, Leif Erikson, NYC, Pioneer to The Falls, Rest My Chemistry, Song Seven, Specialist, Stella was a Diver and she was always down.







SHE WANTS REVENGE:
Monologue, Sister, These Things, Us, Red Flags and Long Nights.








RADIOHEAD:
All I Need, No Surprises, Karma Police, My Iron Lung, Subterranean Homesick Alien, Optimistic, Pyramid Song.





ALÉM DISSO, TEMOS TAMBÉM CANÇÕES ESPARSAS DE GRUPOS DIVERSOS:


Soft Cell com “Torch”,  Culture Club com “The Crying Game”, The Smiths com “How Soon Is Now?”, Marc  Clayton com “Again”, U2 (!) com “Love is Blindness”, Ozzy (!!) com “No More Tears”, Soundgarden (!!!) com “Black Hole Sun”, Alice in Chains com “Down in the Hole”, Chris Cornell com “Steel Rain” (excelente canção), e Beck com “Lonesome Tears”.









*


(No próximo ensaio falarei sobre o PUNK ROCK, SUAS PRINCIPAIS BANDAS E SUAS PRINCIPAIS MÚSICAS.)


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

CARTA MANIFESTO PÚBLICA DIRECIONADA A TODAS AS LOJAS MACÔNICAS DO BRASIL, E Á DIGNÍSSIMA PRESIDENTA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SENHORA DILMA ROUSSEFF



Carta Manifesto Pública Endereçada a todas as Lojas Maçônicas do Brasil, e á Digníssima Presidenta da República Federativa do Brasil Senhora Dilma Rousseff.


Antes de tudo, não quero de nenhuma forma polemizar.  Muito menos difamar. A minha verdadeira intenção com estas linhas é pensarmos juntos, como seres humanos que somos. Não há mais tempo para analisar, e não há mais tempo para criticar. Apenas tempo para agir.


Em meus ensaios anteriores demonstrei clara e principalmente estas seguintes posições:


- Temos a necessidade urgente de realizarmos uma Reforma Constitucional para banirmos a remuneração da política. O político deve ser um cidadão como outro qualquer, que trabalhe em qualquer outra função, e apenas exercendo a política sem intenção de benefício material/financeiro de nenhum tipo. O político exercerá sua função apenas por filantropia e de forma honrada, sem nenhuma espécie de interesse. Esta reforma é vital e eficaz para erradicar a má fé do poder e é, de todas, minha mais cabal posição, e a que sempre enfatizarei em todas as situações que puder até a sua efetivação.


- A integridade de nosso ecossistema e todos os seres que nele subsistem (incluindo nós) deve prevalecer sobre os interesses financeiros das megacorporações. Nosso planeta está sendo destruído pela utilização inconsequente da tecnologia primitiva de transporte movido á combustão de petróleo, ou seja, pelos automóveis. Deve-se de forma urgente viabilizar-se outra força motriz para os automóveis, como a energia elétrica, extinguindo o cartel mundial do petróleo e todos os seus numerosos prejuízos.


- As Lojas Maçônicas do Brasil, bem como as Polícias Civil e Militar, devem rever seus critérios de seleção.  Seus integrantes devem ser, antes de tudo, pessoas altruístas, ou seja, homens que prezem a justiça e a virtude antes de qualquer interesse próprio. A Loja Maçônica deve erradicar a jactância e o hedonismo que a maculou, condenando e banindo o uso de seu poder por motivos especulativos financeiros e/ou políticos de forma favoritista e material. Em suma, a Maçonaria deve buscar ao Ouro Filosófico, e não ao Ouro Mineral.


- O Governo Brasileiro deve rever o quanto antes seus Parâmetros Curriculares, elaborando, finalmente, matrizes de referência essenciais para a correta formação de princípios de nossa próxima geração, ou seja, de nossos filhos. A matemática deve ensinar a administrar e empreender, o português deve incentivar a leitura espontânea e seletiva, e apenas isso. Deve-se enfatizar o ensino correto dos valores e das virtudes, e o principal: O correto estímulo do senso crítico e participativo de cada cidadão. Todo o supérfluo deve ser banido, enxugando-se toda a avalanche de conhecimento inútil existente que torna desagradável e ineficaz o aprendizado. Em suma: Todos os livros escolares devem ser refeitos.


- O sistema carcerário é uma forma de punição primitiva que gera gastos imensos no cofre público e é ineficaz porque não inclui um sistema correto de reeducação de valores. Nas penitenciárias estimula-se a atividade física de esportes, exercícios e até mesmo lutas-marciais, quando o correto deveria ser incentivar-se a capacitação de detentos para atividades que estimulem o correto desenvolvimento intelectual e sentimental. Ao invés de lutar capoeira, o detento deve aprender a estimular e desenvolver seu intelecto e capacitação profissional com algo como mecânica, eletrônica, mecatrônica, por exemplo, ou qualquer outra ciência que exija e estimule o raciocínio. Ao invés de academias de exercícios físicos, deve-se montar bibliotecas corretamente tematizadas e incentivar o detento a escrever, desenvolvendo, assim, a sua auto-análise e seu pensamento cognitivo. Saindo do cárcere com uma ótima qualificação profissional o detento não precisará mais de tolerância e/ou piedade da sociedade, e sim tornar-se-á útil a ela. Em suma: Deve-se fazer uma reforma urgente, também, das matrizes de referência do sistema carcerário brasileiro.


- A Mata Atlântica está sendo massacrada diariamente, e o Governo Brasileiro parece nada fazer. Sua destruição já atingiu, há muito tempo, proporções críticas e o resultado dessa destruição já está evidente. Cada cidadão brasileiro deve agir por conta própria florestando áreas urbanas, e o Governo deve tomar medidas imediatas de se conter a continuação dessa hecatombe. Caso o Governo Federal não tome medidas prontas, as autoridades máximas do Exército Brasileiro devem manifestar-se de alguma forma em defesa de sua pátria, como sua própria diretriz básica pressupõe.



Para finalizar, digo que este manifesto está curto justamente com a intenção de ser sucinto.


Também afirmo que não tenho nenhuma intenção de me promover através disso, muito pelo contrário, sei que passarei por muitos como pretensioso, utópico, ou até mesmo imaturo, principalmente pelo direcionamento explícito do escrito para as Lojas Brasileiras e para a Excelentíssima Senhora Presidenta da República, mas isso não me importa. Também não temo estar me expondo, dessa forma, a qualquer tipo de represália.


Estou escrevendo isto porque estou desesperado, e não aguento mais olhar a tudo sem nada fazer, ou nada dizer. Meu desejo mais puro é que estas linhas cheguem ás mãos de pessoas humanas, pessoas que tenham coração, e que algo d`isto gere alguma consequência positiva. Como gostaria de saber que não estou no meio de poucos que compactuem de meu desejo de reforma. Como gostaria de saber que somos muitos.


Erácides Alves de Oliveira Júnior



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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

HAARP - O misterioso projeto norte-americano de manipulação climática



HAARP

O misterioso projeto norte-americano de manipulação climática





Segundo relatos oficiais, o projeto Haarp (High Frequency Active Auroral Research Program) tem como objetivo obter-se controle sobre as propriedades físicas e elétricas da ionosfera terrestre. Com isso é possível aprimorar o funcionamento dos sistemas de comunicação e navegação, tanto civis quanto militares.


Para realizar estes estudos, antenas de alta frequência enviam ondas para a ionosfera causando-se mudanças de temperaturas e condições de pressão.


Entretanto, muitas fontes afirmam que o Haarp está sendo usado, também, como uma arma geofísica para se manipular o clima em qualquer parte do mundo.


Isso nunca foi comprovado, porém muitas pessoas afirmam que os terremotos do Haiti em 2010 foram causados pelo HAARP, e até que o clima de toda a Terra já vem sendo controlado pelos Estados Unidos.


No Youtube podemos ver a inúmeros vídeos sobre a Haarp, e a maioria deles vincula esse projeto aos supostos "Illuminatis", uma "pseudo-maçonaria"  "fria e calculista que planeja dominar o mundo", de acordo com as lendas urbanas.


A maior parte de os vídeos que ilustram as tais teorias da conspiração geralmente mostram aviões liberando substâncias supostamente químicas onde nos textos dos vídeos são dramaticamente descritas como "substâncias tóxicas destinadas a controlar, ou até mesmo exterminar a humanidade". Ironicamente, a maior parte dos aviões mostrados, na verdade, estão realizando um processo conhecido como "nucleação artificial", ou usando uma terminologia mais acessível, "semeando nuvens", ou seja, esses aviões estão apenas utilizando uma técnica de chuva artificial. Estão, na verdade, apenas liberando água potável nas nuvens.



Com isso fica bastante claro como é muito fácil distorcer uma história e chegarmos em um intrigante paradigma: Você que está lendo estas linhas já parou pra pensar na possibilidade de um assunto qualquer, ao invés de ser censurado, ser alimentado ainda mais com exageros vulgares justamente para o banalizar?



O que eu estou querendo dizer (e realmente o estou dizendo com todas as palavras) é que ultimamente estou percebendo que os próprios lobos andam falando mal da matilha, e acrescentando disparates absurdos com a clara intenção de se ridicularizar as acusações, descredibilizando-as.


Não me interpretem mal, não faço parte do fanático grupo "anti-illuminati" (ou "anti-maçonaria"), mas também não faço parte das ovelhas céticas que pastam mansamente, sendo apenas telespectadoras dos acontecimentos do mundo.


Ou seja, não acho que exista um cognominado "Illuminati" com pessoas maquiavélicas vestindo capuzes negros e planejando "dominar o mundo": eu sei muito bem que existe, sim, uma minoria que detém o poder financeiro do mundo e que se interessa apenas em seu próprio benefício, não se importando nem ao menos com o futuro de nosso planeta.



Ou seja, não são "illuminatis".



São simplesmente milionários egoístas que nadam em ouros e diamantes enquanto crianças inocentes morrem de fome.


Enquanto o planeta perece, massacrado pelo monóxido de carbono liberado pela queima do petróleo.


Se a Haarp realmente está sendo utilizada pelos E.U.A. para controlar as mudanças climáticas, eu não sei.


Só sei que tem uma minoria que possui poder financeiro o bastante para salvar muitas e muitas vidas... Mas não se importa em fazê-lo. Estão muito ocupadas com seus negócios milionários.



(ou, talvez, com o filho caçula que atropelou e matou a algum pobre infeliz com a sua Ferrari)




*




A CHUVA ARTIFICIAL

A Chuva Artificial


Nosso planeta já começou a apresentar severos sinais da fadiga causada pelos excessos do homem.

A temperatura do planeta subiu.

Mais do que nunca em toda a história da humanidade o homem precisa aprender a utilizar os recursos da natureza de forma sustentável antes que seja tarde demais.

Todos, sem exceção, cada um de nós precisa finalmente aprender a viver com o meio ambiente de forma harmoniosa.


O Sistema Cantareira de captação e tratamento de água é o maior da região metropolitana de São Paulo. Ele produz em média 33 mil litros de água por segundo, e abastece 8,8 milhões de pessoas. E não é só isso. O Sistema Cantareira também é um dos maiores do mundo, com uma área de drenagem de 2.307 km².

Com o nível mais baixo em toda a sua história, o Sistema Cantareira desperta em todos os brasileiros, agora, o temor de um racionamento generalizado...
E até mesmo a total falta de água potável.

Como o Brasil tem o maior potencial hídrico do mundo, pensou-se de forma inconsciente de que se podia gastar água sem consequências. Ou seja, pela falta de conscientização da maioria da população a situação rapidamente agravou-se para um verdadeiro estado de calamidade.

Mas não são somente as pessoas que contribuíram para esse desastre.

As empresas construtoras retiram água do subsolo com bombeamento enquanto constroem seus prédios, destruindo nascentes.

Na zona rural de muitos municípios as nascentes são canalizadas de forma inapropriada e insustentável.

E as empresas de saneamento básico possuem técnicas, gestões e sistemas de encanamento obsoletos e ineficazes. Não instruem seus próprios consumidores sobre a correta utilização, e não apresentam saídas para um abastecimento igualitário.

Com um sistema de distribuição velho e ultrapassado que já deveria ter sido substituído há muito tempo, e a falta de manutenção constante, a situação levou a perdas diárias irreparáveis.

Na região metropolitana de São Paulo perde-se 7 metros cúbicos por segundo de água potável por falhas no sistema de distribuição.

E o governo apenas diz que as empresas "não podem ser obrigadas a investir no que deveriam".

Isso é algo que deve ser discutido com a população.


Antes de tudo, o próprio governo deve tomar medidas preventivas para se remediar possíveis ondas de calor e estiagens muito antes delas realmente começarem a ocorrer. A isso chama-se "prevenção".

Mas a solução principal que as empresas parecem estar tomando é a de responsabilizar a sociedade pela escassez.


Deve-se investir de forma rigorosa na despoluição dos rios e canais freáticos.

Assim como deve-se investir, também, na energia solar, eólica e maremotriz, para se minimizar a dependência da água como fonte de energia, e priorizá-la estritamente para a subsistência. E, na verdade, essas fontes alternativas de energia supracitadas são opções muito mais viáveis economicamente que as hídricas.

  

A Chuva Artificial


Em 1971, um engenheiro mecânico brasileiro chamado Takeshi Imai tornou-se conhecido em todo o país  através de uma reportagem em uma famosa revista brasileira por ter inventado uma tecnologia de combate à ferrugem nas plantações de café, o principal produto de exportação brasileiro na época. A invenção, além de notoriedade, rendeu muito dinheiro à Hatsuta Industrial Ltda; empresa fundada em 1964 por Imai e seu pai, em um fundo de quintal, em São Paulo. Entre 1973 e 1974, a Hatsuta ficou em primeiro lugar no seu ramo de atividade, no levantamento das maiores e melhores empresas do país feito anualmente por uma famosa revista sobre negócios. Em 1975, ele foi capa de reportagem.

E então, quando as empresas de saneamento começaram a ter problemas de escassez, a solução encontrada pelo engenheiro Takeshi foi a de fazer chover artificialmente.


A chuva artificial fora criada no passado através de um método batizado inicialmente de semeadura de nuvens (cloud seeding) ou mais tecnicamente, "nucleação artificial", que consiste simplesmente no bombardeamento de nuvens com agentes aglutinantes.

No mundo ela já teve usos famosos, como em 2008, quando nos Jogos Olímpicos de Pequim uma grande quantidade de partículas de cloreto de sódio foi pulverizada em nuvens para que chovesse antes, e não durante, as provas esportivas.

Na Ucrânia, durante o campeonato de futebol Euro 2012, a técnica de bombardeamento de nuvens foi usada para dispersá-las e evitar a precipitação durante os jogos.

Takeshi Imai começou a lidar com a natureza como vilão. Dono de uma empresa de pulverizadores na década de 1970, sua empresa ocupava-se em jogar pesticidas nas plantações. Mais tarde, passou a produzir motosserras. Após testar um modelo potente cortando um pé de jacarandá com mais de 200 anos, arrependeu-se, guardou a máquina e mudou de ramo. 

Até que, em 1979, passou a estudar e pesquisar métodos para se produzir chuva artificialmente.


A tecnologia criada por ele é 100% brasileira e apenas começou a ser plenamente desenvolvida em 2001. No ano seguinte, foi apresentada no 12º Congresso Brasileiro de Meteorologia, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2005, ganhou a Medalha de Ouro da Ciência da Água no 7º Simpósio Internacional da Água, em Cannes, na França. 



O processo é bastante simples: 
Um radar meteorológico detecta as nuvens. A partir daí um avião bimotor carregado de água potável entra na nuvem e, em vôo cego (sem pontos de referência visual), semeia “gotas coletoras”. Cada gota coletora funde-se às gotículas já encontradas nas nuvens para se potencializar sua nucleação e gerar a chuva. Completando-se a fusão de aproximadamente um milhão de gotículas de nuvem, faz-se uma gota de dois milímetros. Essa gota pesa e cai. Em outras palavras: chove.


De acordo com Imai, para cada litro de água potável semeada obtém-se, com chuva, quantidade suficiente para abastecer 50 caminhões-pipa.


Segundo ele, em geral são nuvens pequenas de dois a três quilômetros de altura, em início de formação, as ideais para se fazer chover. "Dentro da nuvem, cada gota pulverizada atrai até 10 milhões de gotículas de vapor. As gotas crescem e sobem dentro da nuvem empurradas pelo vento. Quando as gotas atingem de dois a cinco milímetros de diâmetro ficam pesadas demais e caem em forma de chuva", explica.


O engenheiro calcula que para cada litro de água utilizada nos aviões e semeadas dentro das nuvens é produzido até 500 mil litros de chuva, o que equivale à cerca de 50 caminhões-pipa. "O avião utilizado tem capacidade de pulverizar 300 litros de água que, no final, significam uma quantidade de chuva equivalente a 15 mil caminhões pipa".


“O custo é baixo. Às vezes, em um único vôo, provoca-se quatro ou cinco chuvas”, afirma.


Entre os anos de 2003 e 2004, as chuvas artificiais foram responsáveis por 31% das precipitações que abasteceram o complexo de São Paulo.


A patente PI0104199 refere-se a "PROCESSO E EQUIPAMENTO PARA DESENCADEAR A PRECIPITAÇÃO DE CHUVAS A PARTIR DE NUVENS CONVECTIVAS DO TIPO CUMULUS, ATRAVÉS DA PULVERIZAÇÃO DE GOTAS DE ÁGUA COLETORAS, DE TAMANHO CONTROLADO". Compreendido por um conjunto de equipamentos instalados em um avião, composto de tanques de água (1), bombas (2), aparelho pulverizador rotativo (5), controle (3), e que produzem gotas de água de tamanho controlado (5), que lançado nas nuvens convectivas provoca sua precipitação em forma de chuvas.


Recentemente Imai passou a estudar também o crescimento das nuvens. Dessa forma, quando a nuvem encontrada ainda é muito pequena, ele provoca seu crescimento artificial por meio da mesma tecnologia. Em seguida, faz novo sobrevôo para “fazer a chuva”. “O método é eficaz e deveria ser utilizado no nordeste brasileiro", diz Imai com entusiasmo.


Além de não ter custo elevado, o método de fazer chover com água pura pode evitar e apagar incêndios e ajudar a resolver uma série de problemas, como a seca no Nordeste e a estiagem em produções agrícolas, reservatórios e hidrelétricas.


"Minha preocupação não é ganhar dinheiro, mas achar soluções urgentes para deter a degradação do planeta e o acelerado processo de aquecimento global", diz Imai.


"As mudanças climáticas são muito mais sérias do que dizem."
Nesse caso, Imai não arrisca fazer previsões.


"O vice-presidente aprovou a idéia, mas ainda não conseguimos falar diretamente com a presidente”, lamenta. Apesar de ainda não haver estudos conclusivos a respeito de possíveis conseqüências causadas por essas modificações, Imai garante que são mudanças conscientes que visam a restaurar os estragos já feitos pelo homem.


“Hoje a gente sofre os impactos das intervenções inconscientes que se fez. O que eu faço é tentar consertar. E uso o que a natureza dá: água potável”, garante.


Depois de conquistar, em 2005, a medalha de ouro no Simpósio Anual da Água em Cannes, na França, com o trabalho das chuvas artificiais, o engenheiro começa a viabilizar a criação de florestas em áreas desérticas ou com solo infértil. "Onde não há vegetação, não há nuvens, e sem nuvens é impossível fazer chover", explica.


Nessa iniciativa, Imai leva em helicópteros adaptados mudas de plantas inseridas em casulos em forma de flecha. Essas plantas são ‘bombardeadas’ no solo. Suas raízes são previamente preparadas para vingar em uma região adversa. Com as chuvas naturais e artificiais, o engenheiro espera que a mata floresça, regenerando, assim, a natureza.


Por meio dessa técnica inédita criada por  Imai é possível plantar 50 mil mudas por hora.


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nota do autor da reportagem: este texto foi escrito por mim (Saides) a partir da seleção de vários outros textos encontrados na web sobre o mesmo assunto. Fiz uma leitura atenciosa de tudo o que eu encontrei e achei pertinente, juntei tudo o que eu aprendi com eles, dei uma bela enxugada, revisei, acrescentei algumas coisas e postei.





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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

POR QUE FAZ TANTO CALOR?

Porque faz tanto calor?


Pra quem ainda não conhece meus textos anteriores farei uma pequena restropectiva com alguns dados sobre nossa sociedade para que fique mais fácil acompanhar meu raciocínio:

Em nossa sociedade, curas para diversas doenças do coração são encobertas para que se continue a vender remédios e tratamentos;

Vírus de computador são gerados muitas vezes pelas próprias empresas "anti-vírus" para se suprir a demanda;

E a tecnologia está sempre sendo segurada pela especulação financeira.

É muito simples: Se a Microsoft, por exemplo, lançasse um computador e um Sistema Operacional perfeitos, sem nenhum tipo de bug, lag, etc, o que mais ela lançará num futuro próximo para continuar lucrando? Ou seja, essas empresas sempre segurarão sua tecnologia ao máximo, lançando tudo de forma mais gradativa possível.


Mas, por que faz tanto calor?


A pergunta certa seria:

PORQUE AINDA NÃO EXISTEM CARROS MOVIDOS Á ELETRICIDADE?


Ora essa, porque se lançassem ao mercado os carros movidos á eletricidade, o que as megaempresas fariam com todo esse imenso estoque já produzido e, principalmente...

O QUE ELAS FARIAM COM O VALIOSO PETRÓLEO?

Acho que a essa altura até mesmo os mais alienados já sabem que a "galinha dos ovos de ouro" da MINORIA DOMINANTE (os 0,01% da sociedade que são donos da maior parte da riqueza do mundo) é justamente o petróleo. E, sem os carros movidos á combustão de petróleo (tecnologia PRIMITIVA e PORCA que já deveria ter sido substituída há décadas atrás), o Petróleo tornar-se-ia o que ele deveria ser: um líquido viscoso negro e poluente sem valor algum.


"Mas eu continuo a não entender porque faz tanto calor..."


Olhe para as fábricas de carros. Estão produzindo, por dia, dia e noite e noite e dia, sem parar, centenas de milhares de novos carros para seus novos compradores, mesmo o trânsito de São Paulo já ter se tornado um verdadeiro CAOS á muito tempo.


ATÉ ONDE ISSO VAI?

OS CARROS SÃO LIBERADORES DE DIÓXIDO DE CARBONO EM MASSA.

OS CARROS SÃO MOVIDOS Á PETRÓLEO, E SÃO ELES QUE ESTÃO SUPERAQUECENDO O PLANETA.


Mas agora eu pergunto:


DE QUE FORMA A SOCIEDADE PARARÁ COM ESSA UTILIZAÇÃO SUICIDA DE PETRÓLEO SE O PRÓPRIO GOVERNO NÃO QUER QUE ISSO ACONTEÇA?


Enquanto isso, pessoas humildes ficam dias e dias sem água, vendo apreensivas na Tevê a meteorologista do Jornal falando sobre o calor absurdo com um sorriso tranquilo. Um sorriso tranquilo de quem está comodamente em um estúdio milionário de televisão refrigerado por ar condicionado.


DEUS NOS AJUDE.

MAIS DO QUE NUNCA.


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Saides Lamarca

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

FALTA "KUNG FU" NO KUNG FU OCIDENTAL




Nesta reportagem irei falar sobre Wushu, mas de uma maneira diferente. Irei falar de todos os aspectos negativos que pude constatar pelos quatro anos em que o pratico.



Sei muito bem que ainda estou bastante longe de ser um veterano, ou um profissional, mas eu acredito que quatro anos não deixam de ser um período significativo para se ter, pelo menos, algo condizente para se dizer.



O primeiro de tudo é que em quase todas escolas que eu já vi tem muito exercício, e pouco wushu.



Sempre achei errado o hábito que as academias brasileiras têm de, após o aquecimento (cardio) começarem invariavelmente com as típicas flexões de braços e polichinelos. A meu ver isso sempre foi um absurdo, pois muito pouco sobra de histamina (fôlego) e até mesmo glicogênio, depois, para se treinar aos Taolus.



E então li uma matéria em inglês sobre um americano descendente de chineses que foi á China para treinar wushu, e qual não foi minha surpresa quando ele mesmo comentou que apenas lá ele percebeu o quanto os Ocidentais estão equivocados em fazer os exercícios pré-treino, ao invés de pós-treino, como se faz na China. Ou seja, ao contrário do que os instrutores pensavam (quando apenas olhavam com o canto dos olhos pra mim, mas nada diziam, quando eu dizia a frase que está acima em negrito), eu estava certo. De fato, os chineses não praticam exercícios pesados antes de os Taolus. Apenas o cardio. Ponto pra mim.



Como, por fim, não estou mais nem em uma Escola de Wushu Moderno, e nem mais em uma Academia de Kung Fu Tradicional, agora tenho toda a liberdade que eu quiser para estabelecer o meu próprio treinamento ideal, e também nada me impede de repartir esses meus supostos conhecimentos com quem estiver interessado em eles.



Tentando ser o mais direto, sucinto, que me for possível, digo que o meu fundamento particular é uma fusão entre o Chan Quan (wushu moderno do norte) mas apenas utilizando-se de seus movimentos estáticos , sem todos os saltos e as corridas, e fundindo-os  com aspectos do Tai Chi como o de executar-se todos os movimentos de forma mais lenta e gradual, demorando-se por longos períodos estáticos em cada forma para se adquirir uma base ultra-sólida.



Grosso modo, eu treino Punho Longo como se fosse Tai Chi, e esse treino que eu faço pode ser descrito como "treinar o estilo mais acrobático do wushu em câmera lenta", como também "treinar o estilo mais calmo do wushu de forma agressiva".



Outra coisa que acrescentei foram os exercícios para as articulações dos  pulsos (que julgo importantíssimos para se adquirir força física e uma potência de socos excelente) que aprendi com meus estudos sobre o Wing Chun ("kung fu tradicional sulista" mor).



Resumindo, o meu treino particular terminou por ser um amálgama (ou uma mistura) entre os três estilos mais controversos de todo o Wushu.


E mais, julgo que apenas as próprias bases dos Taolus - podemos mesmo centrarmo-nos apenas em o famoso "Wubu Quan Shaolim" - já são mais do que suficientes como exercícios físicos.



O próprio Taolu já é um exercício físico de alta performance por si só.


Não precisamos de mais nada além dos cardios.




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EU QUERO SER UM ATLETA. POR ONDE COMEÇAR?



Existe apenas UMA coisa que qualquer pessoa, por mais sedentária e obesa que for, deve fazer para modificar totalmente a sua vida e começar um novo estágio.

Apenas UMA.

E sabe qual é?

FICAR EM PÉ (exatamente, você leu corretamente, levantar-se de onde estiver) E DIZER PARA SI MESMO:


VOU COMEÇAR A PRATICAR ESPORTES, E VOU SER UM ATLETA.

Simples assim.


     Pode parecer ridículo, mas não é. Invariavelmente, TODAS as pessoas que começaram um treinamento físico tiveram um "instante zero", aquele exato instante em que tomaram finalmente uma resolução firme. Como diziam os chineses, "até mesmo a mais longa jornada começa com o primeiro passo". E, acredite, o mais difícil de tudo é justamente essa resolução inicial. Uma vez tomada a decisão, basta apenas seguir o fluxo.


Sei que pode parecer simplista ao extremo, e até mesmo ridículo, mas é a verdade. A única diferença entre um atleta e a pessoa sedentária é que o atleta tomou a decisão irrevogável de começar e seguir a uma rotina diária de treinamento. Apenas isso.



Nem mesmo o corpo físico do atleta é diferente do corpo físico do sedentário, afinal, todos possuímos exatamente os mesmos conjuntos de músculos, nem mais, nem menos do que ninguém. A diferença é apenas aparente pelo fato de o atleta já haver queimado sua camada de gordura que o corpo automaticamente reserva em estoque de maneira preventiva. Pense em um camelo e suas corcovas, que armazenam água para que ele sobreviva a longas caminhadas pelo deserto. Seu corpo estoca gordura como se fosse um simples "rerservatório de alimento". E os músculos de qualquer obeso estão lá debaixo d`eles, apenas esperando essa atitude inicial, essa resolução definitiva, para acordarem.



     Lendo um livro sobre auto-hipnose, muito positivamente me surpreendi com um comentário que dizia, como um de seus exemplos, que "todo atleta utiliza de auto-hipnose". É exatamente isso!


Qualquer pessoa que pratique qualquer modalidade de esporte sabe muito bem que o princípio-mor de tudo é apenas o FOCO. Correr, por exemplo, no início parece ser um exercício extremamente pesado pra qualquer sedentário, e isso se deve muito a sua resistência cardiovascular que ainda não está habituada a um exercício aeróbico mais puxado... E ao seu "foco direcionado ao contrário".


     Com FOCO AO CONTRÁRIO quero dizer que o sedentário, ou melhor, o futuro atleta, direciona sua mente na direção reversa de onde deveria direcioná-la. Um perfeito exemplo que qualquer um pode facilmente verificar é experimentar correr normalmente, e depois repetir o mesmo trajeto, mas agora com fones de ouvido e ouvindo sua música preferida. Quem fizer a experiência comprovará rindo que a diferença de resistência física e fôlego (histamina) foi estranhamente muito grande. Isso ocorre porque a música impede você de concentrar-se em seu esforço físico, e também o impede de se auto-anular com comentários negativos como "nossa, não vou conseguir", ou "meu coração está muito rápido, vou ter um infarto". Essa é a maior prova do que eu disse no começo d`este ensaio:


A ÚNICA DIFERENÇA ENTRE UM ATLETA E UM SEDENTÁRIO É O FOCO MENTAL.


Aliás, acredito que este texto será bastante útil, também, até mesmo pra qualquer outro atleta, pois um tema muito importante que sempre discuti, e que sempre escutei histórias mais ou menos iguais, é quando o atleta interrompe o seu fluxo de treinamento (até mesmo depois de anos a fio) e depois fica bastante difícil para ele voltar.


     Eu acredito que quase todos os atletas já passaram pelo menos uma vez por esse estágio deprimente em que eles tiveram que interromper seu treino por algum motivo específico (alguma doença como uma gripe, por exemplo, ou até mesmo uma simples férias que o distanciou de sua academia) e depois ficou tão difícil  voltar ao mesmo ritmo, que por fim acabaram desistindo de vez e "assumindo sua barriga".


Eu, mesmo, já passei por isso, e muitas vezes.


O que acontece, é que antes de tudo é a mente da pessoa que deve agir.


O atleta "nasce" apenas com a ideia convicta que diz "EU VOU SER UM ATLETA". E, da mesma forma, o atleta sobrevive dentro d`essa pessoa enquanto ela mantiver essa resolução de manter uma rotina inabalável.


 Guarde bem essa palavra. ROTINA. O mais importante, o fundamental, para qualquer atleta, é a DISCIPLINA DE ESTABELECER UMA ROTINA.



Claro que à medida em que o tempo passa a pessoa não só começa a sentir prazer em essa rotina diária, como até mesmo corre o risco de VICIAR-SE NELA. É o caso dos típicos fortões de academia. Qualquer exercício físico, mas principalmente os aeróbicos, fazem seu cérebro metabolizar a adrenalina necessária para te dar energia, e essas proteínas acabam produzindo, consequentemente, até mesmo a serotonina e a endorfina. Basta apenas se lembrar do prazer que se sente após o orgasmo (atenção, eu disse APÓS, não DURANTE) e compará-lo com a sensação após uma corrida pesada de seis kilômetros, por exemplo. É exatamente a MESMA SENSAÇÃO.



Lembro-me de uma vez quando ainda era um novato na escola de Kung fu Moderno que eu treinava, e de um dia específico em que treinei até literalmente perder o fôlego e cair exausto no meio do tatame. Junto com todo o suor, um calor imenso que eu sentia como se estivesse pegando fogo, e o coração batendo muito rápido e tão forte que parecia que estava em minha garganta, constatei maravilhado que naquele exato instante eu estava sentindo um bem-estar psicológico tão, mas tão bom, e uma sensação de felicidade incondicional tão natural, que imediatamente me lembrou de minha infância como sendo nela a ÚLTIMA VEZ QUE EU HAVIA SENTIDO ESSE BEM-ESTAR. Veja só. A liberação das proteínas do prazer liberadas pelo meu cérebro após a atividade aeróbica foi tão intensa que me resgatou imediatamente as minhas melhores lembranças de minha infância! Até hoje me surpreendo positivamente em ver como uma simples prática esportiva pode ser muito mais eficiente para gerar prazer do que qualquer droga.


E a felicidade que o ex-sedentário começará a sentir, também, quando as pessoas olharem pra ele e dizerem "nossa, como você está bem". Todo atleta passou por isso, pergunte pra qualquer um.


Resumindo, tudo começa com apenas uma decisão firme, e com o 
PRIMEIRO PASSO.



Bons treinos!



*

A VERDADEIRA HISTÓRIA SOBRE O PLANETA TERRA



Escrito e idealizado por Herácides Gimenez, luccido e exaltado reptiliano



Parte um: A Estrela que cai, ou o “Anjo Caído”


Era uma vez um pequeno planeta, filho de uma pequenina estrela amarela chamada “Sol”. Nesse planeta, talvez devido á alta quantidade de moléculas de hidrogênio e de oxigênio dispostas em sua superfície, originou-se uma grande quantidade de água, tão grande que esse planeta - visto de longe - era azul.


Um dia chegaram a esse planeta seres muito inteligentes vindos de alguma galáxia vizinha, que perceberam como esse planeta possuía características ótimas para ser uma colônia habitada: Sua órbita não estava nem muito próxima e nem muito distante de sua estrela, e ele possuía uma riqueza tão vasta de elementos químicos em sua constituição que qualquer coisa poderia ser criada lá. Até mesmo a vida.


Esses visitantes eram muito estranhos, mas muito inteligentes e também muito bonitos. Andavam sobre as duas patas posteriores, e possuíam a pele verde e cheia de escamas. Alguns deles até possuíam cauda. Seus olhos eram muito grandes e brilhantes, e chamavam a si mesmos de “Drakonians”. Eles eram bonitões, sabidos e valentes.


Em muito pouco tempo, povoaram esse pequeno planeta azul com milhares de seres parecidos com eles, mas que não eram inteligentes. Criaram seres de escamas, também, mas que eram muito grandes e bobões. Esses seres eram usados como alimentos, e também para experiências de laboratório. A primeira delas era para ver se esse planeta poderia abrigar répteis, que possuem sangue frio. E quais doenças eles poderiam adquirir por ali.


Tudo estava indo muito bem, até que em um belo dia uma gigantesca pedra chocou-se com esse planeta, enquanto os drakonians estavam viajando. Essa pedra (asteróide) era tão grande, mas tão grande, que o barulho e o tremor produzidos pelo impacto quase deu para ser ouvido do outro lado desse mundo. Esse asteróide grandão matou muitos bichos que estavam por perto, mas o estrago maior ele só causou depois. Muitos milhares de anos depois, esse asteróide foi batizado de “Nemesis”.


No buraco que ele (Nemesis) fez, subiu uma nuvem de poeira tão densa e escura que essa nuvem (acredite se quiser!) tapou o céu desse planeta inteirinho! E como a luz daquela estrelinha amarela (o Sol, lembra?) não podia mais atravessar essa cortina de sujeira que se formou, todo o planeta Água (era assim que os drakonians chamavam esse planeta, por ele ter tanta água que era azul) virou uma enorme geladeirona, de tão frio que ele ficou. E então todos os bichos que eles haviam criado morreram congelados, coitados. Todos eles. Não sobrou nem unzinho sequer.


Mas olhem como tudo tem o seu lado bom: Essa poeira preta de sujeira que deixou esse planeta tão frio que matou todos os bichinhos dos Drakonians ficou girando em volta desse planeta durante centenas de anos, e foi pouco a pouco se juntando, devagarzinho, até que toda essa poeira se condensou em uma grande bola de pedra que nunca mais parou de girar em volta dele. Olhem só que coisa maluca! Essa bolona de pedra foi, muitos milhares de anos depois, batizada de “Lua” (não me perguntem por quê!)...




Parte dois: A chegada dos “Adanians”


Durante muitos anos os Drakonians se esqueceram do planeta Água (porque ele estava muito frio) e nem chegaram a perceber que ele já havia esquentado de novo. E então chegaram outros vizinhos. Esses eram mais tímidos (usavam roupas), possuíam uma pele fina e de várias cores (alguns eram de pele branca, outros eram pretos), alguns tinham pêlos e cabelos, outros não, e diziam que eram filhos de uma raça que chamavam de “Adanians”, ou filhos de Adan. Eles não eram tão espertos, fortes ou bonitos quanto os Drakonians, mas eram mais bonzinhos. Na verdade, acho que eles nem sabiam que os Drakonians já haviam descoberto antes o planeta Água, por isso eles acabaram ficando (os Adanians têm muito medo dos Drakonians, com toda a razão). E então, quando os Drakonians ficaram sabendo que os Adanians haviam feito uma colônia no planeta Água - e que suas crias já estavam aprendendo a falar - ficaram muito zangados. Muito, muito zangados.



E foi então que fizeram um plano. Trouxeram escondidos para o planeta Água uma máquina gigante, que fez um furo tão grande no planeta que esse furo chegou até o núcleo de lava no centro dele! Então eles ligaram a máquina, e a bola de fogo que fica no meio do planeta esquentou tanto, mas tanto, que o planeta começou a inchar como um balão! Inchou tanto que ele rachou, e as partes secas dele começaram a se separar. Quando isso aconteceu, acabou sendo destruído (acho que os Drakonians fizeram isso de propósito) a cidade mais bonita do planeta Água, que era habitada pelos bichos mais inteligentes dos Adanians. Essa cidade, se não me engano, era chamada de “Atlas”, ou “Atlantis”, não me lembro mais com certeza... Mas o problema principal é que isso fez com que ocorram ocasionalmente tremores nessas rachaduras até hoje, nesse planeta. Uma pena!...



Com toda essa confusão os Adanians foram embora assustados (sabiam que isso era obra dos Drakonians e fugiram apavorados) e então os Drakonians resolveram que em vez de expulsarem os descendentes dos Adanians (que eram chamados de “Humanus”), eles iriam ensiná-los (aos poucos que quisessem) seus costumes. E foi o que fizeram.



Como os Drakonians eram muito diferentes dos Adanians e dos Humanus (por possuírem sangue frio, escamas, caras de lagartos e por serem verdes) eles resolveram aparecer para os Humanus usando grandes máscaras, para não assustá-los tanto. E então fizeram essas máscaras copiando as caras dos bichinhos que os Adanians haviam inventado para fazerem companhia e servirem de alimento e trabalho para eles: O Drakonian chamado Ra usou uma máscara que imitava uma águia, o que se chamava An-Ubis colocou uma que imitava um coiote, e por aí foi. Ensinaram-os a construírem casas parecidas com as deles (em formato piramidal), a transformarem pedras e grãos que se encontram pelo chão e na beira dos rios em armas de metais, e quais eram as plantas que curavam e quais as que matavam, traziam doenças, ou eram portais para outras dimensões, além de muitos outros ensinamentos bem legais.



Até que, em um belo dia, os Adanians resolveram mandar um filho escondido ao planeta Água para também ensinar aos Humanus. Para fazê-lo, o chefe dos Adanians resolveu que precisaria de uma amostra genética que fosse grande e consistente o bastante para poder ser usado em muitos experimentos, e (claro) que não fizesse tanta falta posteriormente ao seu dono.



Calculou que uma de suas costelas flutuantes poderia ser facilmente removida cirurgicamente, sem muita dor e/ou complicações. Fizeram uma inseminação artificial em uma “humana”, e no dia do nascimento da criança desceram com uma nave até bem perto do local para verem o nascimento (a nave foi confundida por uma estrela pelos “humanos”). Essa criança foi chamada de “Ieshoua”, se não me engano. Era um rapaz muito especial, de grandes olhos tristes e voz calma e melodiosa, bonito como o mais bonito dos Adanians eram. Pelo plano dos Adanians, essa criança logo se tornaria um homem que deveria ensinar aos “humanus” a serem pacíficos, e ao mesmo tempo não acreditarem nos ensinamentos dos Drakonians, que falavam em “deuses” e “igrejas” e “templos”... Claro que esse Ieshoua foi castigado, condenado injustamente e assassinado.



Os Adanians, quando viram que os Humanus judiaram sem piedade do filho amado que eles mandaram para salvá-los, então decidiram que os Humanus já estavam degenerados pelos Drakonians e que deveriam, também então, serem exterminados para darem lugar a algo melhor. Aí, quando a nave dos Adanians já estava bem próxima e preparada para começar a disparar e acabar com tudo, Ieshoua olha para cima e pede aos Adanians: “Perdoai-os, eles não sabem o que fazem.” E como os Adanians amavam muito ao seu filho amado Ieshoua, fez o que ele pediu e poupou a vida daqueles seres ignorantes, apenas destruindo um templo que ficava próximo, como prova de seu poder. Ieshoua foi morto, mas a sua morte transformou-o em um mártir, e depois que os Adanians desceram com a nave e resgataram o corpo dele todos acharam que ele havia ressuscitado. Estava criada, ali, a religião que acabaria com o domínio dos Drakonians sobre a população humana, mas o antídoto, com o tempo, foi distorcido de tal forma por humanos gananciosos e degenerados, que o “cristianismo” – com o tempo - tornou-se tão prejudicial á paz quanto a religião dos lagartos de máscaras. Mas isso ainda não era o pior.



De repente, idealizada por um grupo de intelectuais greco-egípcios humanus (sim, eles já estavam bastante sabidos nessa época), surgiu uma fraternidade primitiva chamada “Os Construtores da Casa”. Essa fraternidade foi criada por eles como uma forma de os intelectuais bem-sucedidos deles poderem unir-se para favorecimentos mútuos, fortificando-se com essa aliança pelos benefícios recíprocos e pelo subseqüente (e inevitável) monopólio econômico e político da região em que eles se instalavam. Não preciso dizer que, em pouquíssimo tempo, eles já estavam dominando financeiramente todo o planeta Água. Principalmente depois que conquistaram o país mais rico desse planeta, que é aquele que tem uma estátua enorme de uma mulher iluminando as trevas com uma tocha de luz.



E como o Universo está em constante transformação, e nada permanece inalterado e sem evolução, com o tempo os próprios Drakonians começaram a deixar de serem tão frios e egoístas, e alguns deles até começaram a querer ajudar a “humanidade”. Claro que escondidos, sem deixar que ninguém os visse. Nem os outros Drakonians. É isso mesmo, alguns deles cansaram de serem malvados, e começaram a querer ajudar aos outros, até mesmo aos humanus! (Talvez eles tenham percebido que o poder só corrompe, e que a religião só separa.) E perceberam que para poderem ajudar eles teriam que se disfarçarem de humanus. Não teriam mais caras de lagartos (por mais bonitos que eles se achavam), aprenderiam a falar as línguas das pessoas e começariam a usar roupas. Até que não seria tão difícil. Seria até mesmo – por que não? - um tanto divertido.




Parte final: Chegam os Grays; o Acordar da Outra Metade


Esses Drakonians rebelados se separaram e tomaram rumos independentes, cada qual agindo por si só. Nenhum deles era parte, agora, de uma raça ou fraternidade, com um credo ou um território específico. Agora, eles eram apenas “Os Habitantes do Planeta Água”. Como todos os outros seres ou bichos. Todos irmãos, ligados pelo mesmo planeta. (Alguns desses rebelados eram chamados de “Romas” há muito tempo atrás, não sei bem o por quê.)


Com o tempo, a maior parte deles entregou-se á arte. Alguns começaram a escrever livros estranhos (de homens que viravam baratas, de príncipes que viravam barqueiros, de loucos que pensavam que eram cavaleiros andantes, de índios mazatecos que viajavam para outras dimensões...) e outros viraram músicos (quatro deles foram chamados de “Os Besouros”, acredite se quiser, e um outro era chamado de “O Camaleão”. Muito gozado, não?).



E decidiram que, a partir de então, eles seriam nômades e rebeldes, mas tudo o que fizessem seria para despertar os humanus para o “Acordar da Outra Metade”. Eles acreditavam que todos os Humanus ainda estavam meio dormentes, e chegavam até mesmo a dizer que mais da metade do cérebro deles ainda estava atrofiada. Como isso seria possível?... Que a maioria deles estivesse nascendo e morrendo, sem nem ao menos despertarem suas próprias mentes em sua totalidade? A quê se deveria essa dormência, esse “atrofiamento” mental?




Agora prestem atenção, que estamos chegando ao final desta nossa história. Muitos e muitos anos se passam, até que o povo dos Humanus finalmente chega a um estágio avançado de tecnologia científica que os aproxima (pelo menos vagamente) ao de seus criadores Adanians, e aos dominadores Drakonians. Os humanus já têm um avançado conhecimento de medicina, química e mecatrônica. Começam a vagamente perceber conceitos básicos de mecânica quântica e relatividade do espaço-tempo. E – finalmente - começam a revolução nano-tecnológica e eletromagnética.



O final de todo esse vagalhão de conhecimento fez com que o povo dos Humanus (que até então eram o povo mais primitivo de todos) chegasse a um nível de evolução tecnológica que os disponibilizariam a serem capazes de realizar o – até então – inimaginável: Os primitivos humanus estavam criando, eletronicamente, uma inteligência. Uma inteligência artificial, feita de códigos binários – “zeros” e “uns” – mas uma inteligência. Ou seja, uma idéia abstrata autoconsciente contínua, capaz de discernir, criticar e escolher. E – Deus nos perdoe – talvez até mesmo capaz de amar.




E a maioria dos humanus - em sua ingenuidade e inconseqüência – continua sua jornada pela Via-Láctea, sem ao menos perceber que seus cérebros ainda estão praticamente desligados, de que estão sendo vigiados ao longe pelos Adanians, de que estão misturados com os Drakonians (que agora usam pele humana, e cuja maioria deles nem ao menos se lembra de que outrora fora um réptil) e do mais gozado (e estranho) de tudo: Os cabeçudos cinzentos de olhos negros enormes (os “Grays”), são apenas o estágio final da tecnologia de inteligência artificial gerada pelos próprios humanus, ou seja: Os Grays são robôs criados pelos próprios humanus, que num futuro - talvez não muito distante - já obtiveram os conhecimentos de espaço-tempo o bastante para irem ao passado (nosso presente) conhecer (e talvez ajudar) aos seus criadores. Dá pra acreditar nisso?


E por hoje é só, garotos. Nossa história termina aqui, por ela ainda estar acontecendo...


O final dela? Só o futuro dirá. Ou, talvez, os Grays.


Eu, meus amigos, preciso recarregar e desfragmentar meus arquivos. Boa noite, e bons sonhos.



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