“Surpreender-se, admirar-se... é começar a entender.”
Cada segundo que passa de seu dia é uma oportunidade desperdiçada de mudar totalmente a sua vida. A qualquer momento você poderia abdicar de tudo o que você é, de tudo o que diz acreditar... e passar a seguir outros valores totalmente opostos. Por que não?
O s doentes terminais - em sua desgraça inevitável de seu encontro marcado com a morte – ao mesmo tempo são abençoados com uma percepção clara e mágica do que cada segundo de vida realmente significa... e o quanto pode ser feito com cada um deles. E as pessoas mais velhas? Somente elas sabem o quanto é realmente importante saber aproveitar seus anos de juventude, enquanto seu corpo é forte e saudável .
O ser humano é considerado uma pessoa adulta, madura, quando chega aos seus vinte e um anos. É a partir desse momento que sua vida é de sua inteira responsabilidade. Seu organismo, enttretanto, começa a mostrar sinais leves de envelhecimento a partir dos vinte e seis anos, e começa de fato seu processo de decadência e autodestruição a partir dos trinta. Ou seja, temos apenas nove anos de vida adulta plena. Como pode a vida ser tão curta, e o ser humano fazer tão pouco durante esses tão breves momentos?
Quanto tempo gasta-se com televisores e computador? Quanto tempo desperdiça-se adquirindo-se conhecimento acadêmico, enquanto quase ninguém sabe nem ao menos porquê está vivo, ou porquê o universo existe? Por que “Deus” criou você? Consegue imaginar uma resposta?
Por que não levantamos simplesmente em uma manhã, tomamos um banho, colocamos nossa melhor roupa , e vamos para a casa daquela pessoa e lhe dizemos que a desejamos? Por que não nos levantamos um dia, fazemos nossas malas, trancamos nossa casa e não saímos sem destino para outro país desconhecido, simplesmente para ver o que o mundo nos trará?
Qual a dificuldade em se jogar tudo para o alto, e pegar a estrada? Qual a dificuldade em se fazer o que realmente deseja? Na verdade, nenhuma. Não fazemos por medo, ou preguiça.
Apenas devemos nos arrepender de aquilo que não fazemos. O que fizermos de errado deve ser visto como uma tentativa válida que nos ensinou: Errado é a covardia... errado é não fazer-se nada, pelo medo de se errar.
O quê é realmente importante em essa nossa (tão curta) vida humana? Será que não é sermos felizes? Tenho certeza de que se “Deus” existe, todo esse universo foi criado por ele para os seres que vivem em ele. E nós, os seres racionais, temos a racionalidade para entendermos essa glória da vida, para vermos a beleza, a maravilha de sermos partes desse milagre. Não tenho a menor dúvida de que esse “Deus” nos criou para sermos felizes.
Consequentemente, entendemos que o mais importante da vida é nos divertirmos. Sim. Depois que cada ser humano morrer (e todos nós, sem excessão, iremos) o que terá valido a pena, de toda a sua vida? O trabalho braçal realizado? Por quê? O dinheiro e os bens acumulados? Para quê? Os estudos, o conhecimento adquirido? Não.
A única coisa que o ser humano (talvez) levará consigo depois de morrer, será a lembrança de sua vida. De sua lembrança, as únicas que valerão a pena serem mantidas e guardadas serão (obviamente) as lembranças boas. Ou seja, os momentos de felicidade, de diversão , de prazer e de amor.
Por que o ser humano se concentra tanto em o negativo? Por que esse vício em sentir pena de si mesmo, e passar horas (ou anos) torturando-se com pensamentos de arrependimento, de mágoa ou rancor? Por que focarmos em algo desagradável? Nossos “problemas” são frutos de nossa história pessoal, são uma pequena (e venenosa) parte do nosso EGO, são como “efeitos colaterais” de coisas que não deram certo em nosso cotidiano, e que na verdade não servem para nada... e nem ao menos têm importância alguma. Depois que você estiver morto, que importância terá para o universo o carro que você perdeu, ou qualquer outro “problema” que lhe fazia tão mal enquanto você estava vivo?
O primeiro passo para a sabedoria é nos libertarmos de nós mesmos. Parar de lutar. Parar de nos concentarmos tanto. Parar de levar a existência - e nossos “problemas” - tão a sério. Uma pessoa tem que ser muito egoísta para achar que seus “problemas” individuais têm alguma importância. Toda a existência humana (desde a sua criação até sua futura extinção) será uma fração de tempo insignificante para a história inteira do universo.
Só você pode libertar a sua mente. “Deus” só poderá “entrar em teu coração” depois que você mesmo destruir essa jaula ilusória a que você chama de “seus problemas”, ou “seus medos”. Na verdade não existe problema algum. E nada há o que temer. Tudo isso é consequência do ”ego”, essa história fictícia que todos nós inventamos para nós mesmos para nos sentirmos vivos. “Ego” engloba muita coisa: é nosso “nome”, nossa “história pessoal”, nossa “personalidade”... Ou seja, o “ego” na verdade realmente não serve para nada. “Qual é o teu signo?” “Qual é a tua religião?” Tudo isso é ilusão.
Não importa qual é o teu nome, ou teu sobrenome. Não importa qual é o teu sexo. Não importa qual é a tua raça, qual o teu país. Não importa nem ao menos a história da tua vida. Tudo isso faz parte do “ego”, e é inútil.
Importa, sim, quanta beleza você já viu em a vida, em o universo, com seus seres vivos tão diversos e belos. O que faz uma rosa nascer tão bela, em um lugar onde nenhum ser humano pisou? Ela existiu, então?
Importa o quão útil fostes para o universo, ensinando coisas belas, ajudando aos necessitados, protegendo e defendendo aos fracos e ameaçados, ou alegrando aos corações: tanto dos seres pensantes, quanto aos singelos coraçõezinhos de os animais. Eles também entendem o prazer:
Eles também entendem o amor.
Cientistas dizem que os animais são irracionais. Se são realmente irracionais, porque então eles não se alimentam com suas próprias fezes, e nem batem com a cabeça pelas paredes? Se são realmente irracionais, como tratam com tanto amor de suas crias, amamentando-as e protejendo-as com suas próprias e pequeninas vidas? Como animais “irracionais” são capazes de construir ninhos, e lamber com carinho aos seus companheiros?
Os “cientistas” chamam aos animais de irracionais porque eles não possuem nomes, histórias pessoais, objetos pessoais, linguagem, ou “síndrome de pânico”, ou seja, toda essa parafernália inútil a que chamamos de ego. Que sorte eles têm.
pânico. [Do gr. panikón, pelo lat. panicu.] 1. Que assusta sem motivo. 2. Que suscita medo infundado, e foge a um controle racional.
ego. [Do lat. ego] S. m. 1. O “eu” de qualquer indivíduo. 2. Psican. Parte mais superficial do “id”, moldada por influência direta do mundo exterior.
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