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sábado, 2 de junho de 2012

E, ASSIM, NASCEU O ROCK`N ROLL...




“My daddy, he rocks me with a steady roll...”


    Pelo que nos dizem os registros históricos, foi essa frase (bem vulgar, por sinal) a responsável pela denominação do mais controvertido, mutável e abrangente estilo musical criado por os terráqueos. Para que possamos entender de uma forma mais eficaz esta fenomenológica, basta lembrarmo-nos de que naquela época o mundo (principalmente a U.S.A.) ainda estava se adequando gradativamente ás mudanças geradas após a Segunda Guerra. Aconteceu o famoso “baby-boom”, com milhares de soldados tentando recuperar o tempo perdido em combate, e tratando de colaborarem para o “repovoamento” do novo país, que decolava alavancado pelo american-dream, e pelos lucros com o comércio de armamentos bélicos e saques de os países derrotados. Ou seja, após a tempestade, a bonanza... Ou melhor, após a guerra, o sexo. Após guerra e ódio, paz e amor. Os quatro cavaleiros do apocalipse foram substituídos por sex-drugs-rock.

    Na época, nos idos de cinqüenta, “rock” era uma expressão coloquial usada vulgarmente, cujo significado correspondia a “shake”, ou “twist”. Naqueles anos cinqüenta, graças ás batidas rápidas dos compassos do boogie-woogie (derivadas de uma fusão entre o jazz bebop, o blues, e a country music), dançar com o sexo oposto (“shaking”, “twisting”, “rolling”, etc etc...) era a forma mais direta (e eficaz) com que as moças e os rapazes mais ousados e emancipados daquela geração flertavam entre si. Até então, a música e os bailes resumiam-se a valsas, orquestras... A música era amena e agradável, mas insossa e monótona demais para os jovens. O “rock” (á partir de agora, leitor, não mais usarei aspas, maiúsculas ou itálicos para me referir a expressões inglesas, para poupar-me - e aos leitores - do desgaste da repetição) foi o estopim, o bode-expiatório (bode, heim? rs) ideal para a liberação (libertação) da libido de uma juventude “transviada”.

    Precisou-se de muito pouco. No começo de tudo, um conjunto de brancos tocando uma música que fundia country com blues, chamados de Bill Haley and his Comets. E então aparece Chuck Berry, o furação. E então, como o ápice dessa ebulição, surge um jovem branco e bonito que gostava de black-music. Seu nome era Elvis Presley.

    Algum tempo depois, Hollywood - aproveitando-se da deixa em beneficio próprio -  lança ícones eficientes (como James Dean e Marlon Brando) para atuar sob tal trilha sonora. Então, antes que os jovens de leather jackets, jeans e combed-hairs e as garotas de pony-tails e fishnet stockings pudessem respirar, George Martin traz para a Inglaterra e para o mundo quatro rapazes de cabelos curtos com a franja reta (como típicos garotos burgueses de “boa família”) e ternos iguais, cognominados “Beatles”.


What the hell was that, man? Just revolution, babe.


E, assim, nasceu o Rock`n Roll.

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