“My
daddy, he rocks me with a steady roll...”
Pelo que nos dizem os registros históricos,
foi essa frase (bem vulgar, por sinal) a responsável pela denominação do mais
controvertido, mutável e abrangente estilo musical criado por os terráqueos. Para
que possamos entender de uma forma mais eficaz esta fenomenológica, basta
lembrarmo-nos de que naquela época o mundo (principalmente a U.S.A.) ainda
estava se adequando gradativamente ás mudanças geradas após a Segunda Guerra. Aconteceu
o famoso “baby-boom”, com milhares de soldados tentando recuperar o tempo
perdido em combate, e tratando de colaborarem para o “repovoamento” do novo
país, que decolava alavancado pelo american-dream, e pelos lucros com o
comércio de armamentos bélicos e saques de os países derrotados. Ou seja, após
a tempestade, a bonanza... Ou melhor, após a guerra, o sexo. Após guerra e
ódio, paz e amor. Os quatro cavaleiros do apocalipse foram substituídos por
sex-drugs-rock.
Na época, nos idos de cinqüenta, “rock” era
uma expressão coloquial usada vulgarmente, cujo significado correspondia a
“shake”, ou “twist”. Naqueles anos cinqüenta, graças ás batidas rápidas dos
compassos do boogie-woogie (derivadas de uma fusão entre o jazz bebop, o blues,
e a country music), dançar com o sexo oposto (“shaking”, “twisting”, “rolling”,
etc etc...) era a forma mais direta (e eficaz) com que as moças e os rapazes mais
ousados e emancipados daquela geração flertavam entre si. Até então, a música e
os bailes resumiam-se a valsas, orquestras... A música era amena e agradável,
mas insossa e monótona demais para os jovens. O “rock” (á partir de agora, leitor, não
mais usarei aspas, maiúsculas ou itálicos para me referir a expressões
inglesas, para poupar-me - e aos leitores - do desgaste da repetição) foi o
estopim, o bode-expiatório (bode, heim? rs) ideal para a liberação (libertação)
da libido de uma juventude “transviada”.
Precisou-se de muito pouco. No começo de
tudo, um conjunto de brancos tocando uma música que fundia country com blues,
chamados de Bill Haley and his Comets. E então aparece Chuck Berry, o furação.
E então, como o ápice dessa ebulição, surge um jovem branco e bonito que
gostava de black-music. Seu nome era Elvis Presley.
Algum tempo depois, Hollywood - aproveitando-se
da deixa em beneficio próprio - lança
ícones eficientes (como James Dean e Marlon Brando) para atuar sob tal trilha
sonora. Então, antes que os jovens de leather jackets, jeans e combed-hairs e
as garotas de pony-tails e fishnet stockings pudessem respirar, George Martin
traz para a Inglaterra e para o mundo quatro rapazes de cabelos curtos com a
franja reta (como típicos garotos burgueses de “boa família”) e ternos iguais,
cognominados “Beatles”.
What the hell was
that, man? Just revolution, babe.
E, assim, nasceu o
Rock`n Roll.
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